Grandão

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O Marrento

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Contrato de Namoro

Dica interessante para aqueles que desejam um relacionamento mais sério. Vi esta dica no site: http://www.morroida.com.br


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Contrato de Namoro

Os abaixo-assinados, Fabião, doravante conhecido apenas como o NAMORADO, e [COLOCAR AQUI NOME DA NAMORADA], doravante conhecida única e exclusivamente como a NAMORADA, têm entre si justa e contratada a constituição de uma sociedade civil por quotas de responsabilidade limitada, que se regerá pelas cláusulas e condições seguintes:

Título 1 - Dos princípios gerais

Primeira - A NAMORADA compromete-se em prover amor única e exclusivamente para o NAMORADO.

Segunda - O NAMORADO compromete-se a prover amor e carinho única e exclusivamente para a NAMORADA.
par.1 - Salvo exceções onde o NAMORADO estiver em estado avançado de embriaguês. Estado cuja qual a traição seja considerada distração.

Terceira - A NAMORADA compromete-se em entender a necessidade do NAMORADO de reunir-se semanalmente com os amigos para o ato futebolístico e cervejada, atos estes necessários para o bom andamento do corpo e mente do NAMORADO.
par.1 - A NAMORADA entenderá que não existe horário fixo para que o NAMORADO chegue em casa nos dias de reunião, sendo que 3 (três) da manhã nunca é tão tarde.

Quarta - A NAMORADA sempre obedecerá todas as ordens e vontades do NAMORADO.

Quinta - A NAMORADA compromete-se em prover ao NAMORADO todo sexo necessário, sendo que toda e qualquer desculpa (dores de cabeça, novo penteado, horário) serão sumariamente ignorados pelo NAMORADO.
par.1 - O NAMORADO reserva-se também o direito de testar sempre a molér alheia, com finalidade de ganhar conhecimento extra para satisfazer com maior eficiência as necessidades da NAMORADA.
par.2 - É lícito ao NAMORADO, durante um mês a cada ano, tirar férias da NAMORADA, não cabendo qualquer explicação ou justificativa sob pena de violação de intimidade.

Sexta - Toda e qualquer conta de valor superior a 100 (cem) reais deverão ser pagas pela NAMORADA, inclusive as cobranças referentes a utilização de motéis e casas de meretrício, mesmo que a NAMORADA não tenha acompanhado o NAMORADO ao estabelecimento.
par.1 - Todas as cobranças inferiores à 100 (cem) reais deverão ser pagas 80% pela NAMORADA, 20% pelo NAMORADO.

Sétima - O NAMORADO compromete-se desde o ínicio a NUNCA trair a namorada com nenhuma molér que NÃO se encaixe nesta classificação: - 1. as nacionais - 2. as extrangeiras
par.1 - Em caso de traição com algum ser do sexo feminino que não se enquadre corretamente na classificação acima citada a NAMORADA reserva-se o direito de utilizar qualquer tipo de material afiado e cortante nas partes íntimas do NAMORADO.

Oitava - A NAMORADA compromete-se em NUNCA tocar partes traseiras e íntimas do NAMORADO, região também conhecida como o "precioso".

Nona - Toda e qualquer disposição não escrita neste contrato deverá ser obedecida sempre que o NAMORADO quiser, a NAMORADA nunca estará com a razão.

Décima - A NAMORADA nunca deverá chantagear o NAMORADO, principalmente com sexo.

Título 2 - Disposições finais

Décima primeira - A sociedade terá duração indeterminada.

Décima segunda - O NAMORADO fica isento de culpa ou dolo de qualquer delito que porventura tenha sido ocasionado pelos itens descritos na redação determinada pela Lei vigente 6264/38:
I - Grau alcóolico elevado
II - ambiente favorável

Décima terceira - O contrato passa a ter validade quando o NAMORADO achar que deve ter.
par.1 - O NAMORADO determinará a vigência e área de cobertura do contrato.

Título 3 - Do regime da sociedade

Décima quarta - Somente é lícito à NAMORADA fazer regime. Qualquer reclamação sobre o peso ou o estado físico do NAMORADO dá à este o direito à separação.

Décima quinta - A NAMORADA se compromete a permanecer com o peso, e o físico, do dia do início do namoro. Qualquer alteração será considerada violação dos deveres matrimoniais, ensejando o encerramento do namoro por culpa da gorducha.
par.1 - Quando houver alteração para um menor peso, é facultado ao NAMORADO pedir à separação, sendo que, quando solicitado, a culpa recairá sobre a anoréxica.

Título 4 - Do regime de bens

Décima sexta - O casal adotará o Regime Híbrido. Quando houver aumento patrimonial advindo do NAMORADO, vigorará a Separação Total de Bens. Quando o aumento advier da NAMORADA, vigorará a Comunhão parcial de bens, somando-se tais bens aos do casal.

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Fabião

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[NOME NAMORADA]

O que você faria com R$ 1 milhão?

Como estamos vendo muito na mídia a pergunta a cima devido ao resultado do BBB. Resolvi postar no blog uma reportagem para fazer com que vocês já se planejem desde de já antes de conseguirem os seus. Boa leitura!

A coisa mais importante a ser feita antes de sair gastando muito dinheiro é planejar a melhor alocação para a quantia. E isso vai depender muito de cada caso

InfoMoney
25 março 2008
SÃO PAULO - Muita gente acredita que, com R$ 1 milhão no bolso, todos os problemas do mundo sumiriam e a vida seguiria às mil maravilhas. Em vésperas de sorteios da loteria e da Mega-Sena, ou em dia de decisão de reality show, você já deve ter sonhado com o que fazer com esse dinheirão. Um apartamento de cobertura na cidade, uma mansão na praia, carros importados na garagem, jantares caros e viagens a lugares paradisíacos. E, no final de um mês, essa bolada teria sumido...
Controle-se
A coisa mais importante a ser feita antes de sair gastando muito dinheiro é planejar a melhor alocação para ele. E isso vai depender muito de cada caso. A decisão de quanto consumir está relacionada com o nível atual de seu patrimônio. Se você já acumulou bastante durante sua vida, certamente não irá precisar gastar muito.
Nesse caso, a melhor decisão é investir bem o dinheiro e aproveitar seus rendimentos. A rentabilidade média mensal dos fundos DI, um investimento conservador, descontando os impostos e assumindo um prazo de aplicação inferior a seis meses, vem sendo próxima a 0,70%. Aquele R$ 1 milhão aplicado deverá lhe fornecer uma renda mensal mínima de R$ 7 mil, o que não é nada desprezível.
Mas, para você que, como a maioria da população, talvez não tenha tanto dinheiro guardado, será que não seria bom gastar um "pouquinho"? Sim, mas com cautela. É preciso ter controle! Dessa forma, a sugestão é consumir no máximo 30% do total, ou R$ 300 mil. Dá para comprar uma boa casa, trocar de carro e ainda ajudar alguns parentes e amigos. E não se esqueça de aplicar o resto, os outros R$ 700 mil.
Em primeiro lugar, a questão-chave é a preservação de seu patrimônio. Desse modo, a dica é investir a maior parte em aplicações tradicionais, em que você não corre grandes riscos. Dentro desse segmento estão os fundos DI, imóveis e os fundos de renda fixa. Por outro lado, é ainda possível aumentar o seu patrimônio aplicando em investimentos um pouco mais arriscados, como fundos de ações e fundos multimercado.
Preserve o que é seu
A parcela destinada à preservação do patrimônio deve ficar em torno de 60% a 70% dos R$ 700 mil, ou R$ 420 mil a 490 mil. Uma das melhores alternativas são os fundos referenciados DI, que são aplicações pós-fixadas, que se beneficiam das taxas de juros ainda altas no Brasil, investindo a maioria de seus recursos em títulos públicos. Além disso, trata-se de um investimento com um baixo perfil de risco e com uma boa rentabilidade. A recomendação é destinar 35% do total (R$ 245 mil) para este tipo de fundo.
Uma alternativa que pode se mostrar interessante é o mercado imobiliário, que vem se mostrando aquecido. Desse modo, seria razoável investir cerca de 20% do total (R$ 140 mil) em imóveis, priorizando os conjuntos comerciais que, dentro das possibilidades, oferecem um retorno maior.
Lembre-se que nessa categoria você não deve incluir os imóveis de uso próprio, já que não se tratam de um investimento. Atualmente os aluguéis de imóveis rendem mensalmente cerca de 0,8% do valor do imóvel, mas isto vai depender da localização e estado do imóvel.
O restante destinado à conservação de seu patrimônio, os outros 15% (R$ 105 mil), pode ser direcionado para os fundos de renda fixa tradicionais, que são aplicações prefixadas, nas quais a rentabilidade já está previamente determinada. Uma alternativa interessante são os fundos renda fixa multi-índices, pois aplicam nos mercados futuros de vários índices, permitindo em geral um retorno melhor do que o dos fundos DI. Lembre-se que, apesar de se tratarem de investimentos de perfil conservador, sempre vale a pena diversificar, evitando colocar todos o seu dinheiro em uma só aplicação.
O bolo pode crescer
Existe ainda a possibilidade de fazer com que todo esse montante aumente no longo prazo, investindo em aplicações mais arriscadas. No caso, as opções são ações e fundos multimercados que, mesmo sendo arriscadas, oferecem um bom potencial de valorização no longo prazo, bem maior que as aplicações tradicionais. Mesmo assim, não é aconselhável que a parcela destinada ao aumento do patrimônio passe de 30%, ou R$ 210 mil.
Acreditamos que aplicar 20% em ações seja bastante razoável, uma vez que a tendência de valorização é bem alta no longo prazo. Podemos dividir o investimento em ações em três formas distintas.
Primeiramente, existem os fundos de ações passivos, que acompanham a variação de índices como o Ibovespa, que é o principal da Bolsa de Valores de São Paulo. Neste sentido, você não precisa ficar se preocupando com ações específicas, já que o desempenho é dado pelo índice. Talvez esse tipo de fundo mereça 15% do total, equivalente a R$ 105 mil.
Arriscando um pouco mais
Outra possibilidade é investir em fundos de ações ativos, que têm um perfil mais agressivo, e sua performance dependerá do administrador. Portanto, todo cuidado é pouco na escolha do administrador. Já que se trata de um investimento com um risco maior, não aplique mais do que 5%, ou R$ 35 mil.
Investir em ações pode não agradar a todo mundo. Muita gente ainda se sente desconfortável com o excesso de exposição. Porém, uma alternativa interessante pode ser os fundos multimercados com renda variável, que são aplicações que investem em renda fixa, câmbio e ações, diversificando o risco.
Outra opção pode ser o investimento em fundos multimercados sem renda variável, pois aplicam não só em câmbio, mas também em renda fixa. Esta aplicação pode ser interessante neste momento em que o real atravessa uma tendência de apreciação.
Após uma boa alocação do seu patrimônio, você certamente não se arrependerá de ter deixado de consumir inicialmente todo o dinheiro. Um real economizado hoje vale muito mais daqui a alguns anos. Pense bem nisso, pois será possível trocar gastos maiores hoje por um excelente padrão de vida durante toda sua vida.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Oportunidade para o FGTS (Fique de olho)

Brasília, 09/02/2009
Trabalhador poderá investir o FGTS em novo fundo em maio
JULIANNA SOFIA
O governo marcou para 1º de maio -Dia do Trabalho- o lançamento das regras para aplicação pelos trabalhadores do dinheiro das contas individuais no fundo de infraestrutura do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O vice-presidente de fundos da Caixa Econômica Federal, Wellington Moreira Franco, afirmou que ainda não está definido quanto cada trabalhador poderá investir, mas o valor global deve ficar em até R$ 10 bilhões.
À Folha ele adiantou que o governo realizará uma grande campanha de esclarecimento para que o trabalhador possa fazer a opção. "A apresentação para anúncio será em 1º de Maio. Até lá, estamos fazendo estudos técnicos para definir os detalhes. Por exemplo, se o limite de 10% para aplicação será integralmente usado."
Criado em 2007, o FI-FGTS surgiu como uma das vedetes do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para garantir investimentos em obras nos setores de energia, rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e saneamento. A lei que instituiu o fundo prevê que o trabalhador poderá aplicar até 10% do saldo de sua conta vinculada nesses investimentos.
O governo esperava que, após dois anos do FI, isso seria possível, pois o fundo estaria maduro para permitir aplicação segura ao trabalhador. "O FI foi um sucesso. Nem os mais otimistas esperavam para o primeiro ano de funcionamento o desempenho que ele teve", disse Moreira Franco.
Com o quase esgotamento dos recursos para aplicação no fundo e com a dificuldade de as empresas obterem crédito para investimento lá fora, o governo decidiu antecipar a entrada dos trabalhadores no FI. Dos R$ 17 bilhões que o FGTS tem autorizados para investir de seu patrimônio líquido no FI, R$ 11,3 bilhões já estão contratados.
"Há demanda muito grande. Com a entrada dos trabalhadores, poderemos garantir mais recursos", afirmou Moreira Franco. "O fundo está maduro e o rendimento vai ser maior ao trabalhador", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Pelas regras do FI-FGTS, a rentabilidade mínima a ser garantida nos projetos de investimento do fundo é de 6% ao ano mais TR (Taxa Referencial). Em alguns projetos, o rendimento é superior. Já o rendimento do saldo do trabalhador nas contas vinculadas é de apenas 3% ao ano mais TR.
Construtoras
Ontem, a Caixa editou circular regulamentando outro fundo criado pelo Conselho Curador do FGTS, para socorrer as construtoras. No final de 2008, os conselheiros decidiram instituir o Fundo de Investimento Imobiliário, com capital de R$ 3 bilhões do FGTS.
O FII comprará ativos financeiros das empresas para financiar a produção de moradias. O fundo receberá das construtoras retorno de 7% a 9% ao ano -dependendo do valor das unidades habitacionais- mais TR. Agora, o novo fundo precisa ser regulamentado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Moreira Franco afirmou que a regulamentação pela comissão deverá sair rapidamente porque o FII segue os mesmos moldes que o FI-FGTS, que também teve regras de funcionamento editadas pela CVM. "Acho que ainda neste mês o fundo começará a operar. Já temos manifestações de várias empresas interessadas em utilizar esses recursos."
Ele destacou que o empréstimo às construtoras está vinculado a empreendimentos já lançados ou novos projetos. "Por enquanto o fundo tem R$ 3 bilhões, mas há a possibilidade de esse valor ser ampliado", adiantou. Novos recursos precisam ser aprovados pelo Conselho Curador do FGTS, que é responsável pela gestão do fundo dos trabalhadores.
De acordo com a circular da Caixa, a participação do FI no empreendimento fica limitada a 80% do valor do investimento. Além disso, as unidades precisam estar enquadradas no SFH (Sistema Financeiro de Habitação).
Fonte: Folha de S.Paulo

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Finanças Comportamentais e a previdência privada

Para dar início a esta parte do blog trago um artigo que recebi do banco do Brasil que dá uma noção exata de como nos portamos frente a poupança. Bon apetit...

Você está se preparando para a aposentadoria? A maioria das pessoas que responderam uma recente pesquisa , diz que se preocupa com o futuro, mas não está se preparando adequadamente – correspondente a 75,3% dos entrevistados. Apenas 14,16% do total de 166 pessoas com idade entre 30 e 55 anos, da classe média alta, disseram que acreditam que estão se preparando para a aposentadoria. Um de cada dez participantes, disse que simplesmente não pensa no assunto.

Dentre o grupo que diz não estar se preparando, a maioria (81,6%) justifica a falta de preparo adequado como resultado de desorganização e da falta de disciplina. Somente 23 pessoas, 18,4%, disse que não se prepara para a aposentadoria por absoluta falta de condições financeiras.

Analisando estes dados, chama a atenção o fato de que 61% do total de entrevistados disseram que se preocupam com o futuro, têm condições para cuidar da aposentadoria e mesmo assim não o fazem. A pesquisa se concentrou em um extrato superior de renda da população. Na maioria, pessoas com sólida formação educacional e que não constituem reservas para o futuro. Mas porque pessoas educadas não fazem algo que reconhecem como necessário?

:: A formação da poupança
O problema maior, portanto, não é educação – já que quase 90% das pessoas sabem que precisam se preparar para ao futuro, só que não o fazem. Segundo os princípios econômicos neoclássicos, sempre devemos preferir consumir hoje a consumir no futuro. Como o futuro é incerto e podemos não sobreviver até a chegada dele, a lógica é consumir hoje tudo o que for possível.

Só três situações são capazes de nos fazer prorrogar o consumo: a impossibilidade de consumo presente, o medo de não ter o que consumir no futuro (precaução) ou a possibilidade de multiplicar o consumo no futuro (juros e lucros).

Se já estamos com a fome totalmente saciada, iremos preferir um bom bife amanhã, e não hoje. Quando uma recessão se avizinha, o medo de perder o emprego pode nos fazer poupar, mesmo que o retorno de juros ou lucros seja nulo ou até mesmo negativo. Também poupamos por medo de ficar sem ter como sobreviver na velhice.

Quando acreditamos que, no futuro, teremos mais do que hoje, devido aos juros ou lucros, também podemos decidir esperar pelo prêmio maior. Mas apenas humanos fazem isso. É melhor um carro simples agora ou esperar os lucros de uma ação e comprar um carro sofisticado daqui a dois anos? Esta decisão é tomada no córtex pré-frontal, área do cérebro que relaciona passado e futuro.

:: O cérebro humano
Pesquisas em Neuroeconomia sugerem que nosso cérebro pode ser dividido em três grandes estruturas. A primeira é aquela que herdamos dos répteis, que controla nossas funções vitais e instintivas. A segunda é o sistema límbico, presente em todos os mamíferos, que controla as emoções. A terceira, o sistema cortical, em especial o córtex pré-frontal, controla os pensamentos abstratos, analisa o passado e projeta o futuro.

O cérebro de répteis como o jacaré, que ainda existe no interior do nosso cérebro, não consegue compreender o futuro. Só compreende o agora. Deseja para já o menor esforço e o maior prazer. Fazer ginástica, poupar para o futuro e evitar comer todas as guloseimas que estão ao alcance são coisas que o jacaré não entende. Quando um vendedor da loja de roupas oferece uma camisa de algodão egípcio de 160 nós, dizendo que “o senhor trabalha tanto, merece uma camisa como esta”, pode ser que você tenha vontade de comprar, mesmo que não tenha a menor idéia do que seja algodão egípcio, apenas por influência do seu sistema afetivo.

Como o cérebro de jacaré (sistema reptiliano) e o cérebro do tigre (sistema límbico/afetivo) são muito mais simples do que os sistemas corticais, eles também processam muito mais rápido as nossas decisões cotidianas – sendo responsáveis pela maioria delas. Outro exemplo está nas academias de ginástica. É relativamente fácil se matricular em uma academia e decidir malhar no futuro. O córtex sabe que correr na esteira faz bem para a saúde, mas uma vez que você comece a suar, o jacaré procura fazer de tudo para voltar a ficar parado, vendo o tempo passar.

E, diante de um convite dos amigos para um chope? Por mais que o córtex alerte que as finanças estão em frangalhos e que você deveria trocar o happy hour pela academia, é provável que o sistema límbico e o jacaré vençam a decisão, e que você acabe no barzinho aproveitando a sensação de estar entre amigos, comendo e bebendo fartamente. Quando pensamos no futuro, utilizamos apenas o córtex pré-frontal. Mas quando temos que fazer algo “agora”, os sistemas reptiliano e límbico interferem na decisão.

:: Jacaré, o inimigo da previdência
E o que é melhor: aderir a um plano de aposentadoria de contribuição definida ou fazer uma poupança por conta própria? Quem tem algum conhecimento de mercado e é extremamente disciplinado pode até conseguir melhor resultado se poupar por conta própria. Mas terá que travar uma enorme batalha com o “jacaré” interior cada vez que precisar tomar a decisão de transferir um valor da conta corrente para a aplicação financeira.

Sabendo de que o jacaré muitas vezes é mais rápido do que o homem, representado pelo nosso córtex pré-frontal, é melhor aderir a um plano de aposentadoria com depósitos automáticos todo início de mês. Melhor ainda se tiver multas para retiradas antes do prazo definido. Por mais incoerente que possa parecer, a liberdade de retirar o dinheiro quando quiser ou de deixar de contribuir quando não quiser, não é uma boa alternativa.

Para fazer um bom plano de previdência, você precisa entender como seu cérebro funciona e se proteger das próprias decisões. O jacaré pode ser forte, mas ele não entende sobre o futuro. Se o seu córtex compreende que precisa poupar para futuro, tome a sábia decisão de enganar o jacaré. Só assim você não fará parte dos 75% de entrevistados que sabem que precisam poupar, mas correm o risco de estarem desprevenidos quando o futuro finalmente chegar.
(i)Este é o resultado de um pré-teste para balizar uma pesquisa com métodos científicos de amostragem. Caracteriza-se assim como uma pesquisa informal e seus dados não devem ser utilizados para fins científicos.

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Jurandir Sell Macedo, CFPTM (Certified Financial PlannerTM). Profissional de Investimentos Certificado APIMEC. Doutor pela Universidade Federal de Santa Catarina com especialidade em Finanças. Professor Adjunto de Finanças Pessoais e Comportamentais da UFSC. Membro Orientador do Instituto Nacional de Investidores – INI. Jurandir é autor do livro "A árvore do dinheiro - guia para cultivar a sua independência financeira" Editora Campus 2007.
E-mail:
articulista@edufinanceira.org.br

Planejando na prática

Galera,

Quero lhes apresentar o mais novo espaço do meu blog: Planejamento pessoal Financeiro. este espaço tem o intuito de compartilhar minhas experiências no área financeira que vem sendo consolidada desde que eu me graduei em administração, numa busca frenética pela estabilidade e independência financeira. Pretendo através de textos, discussões, comentários, exemplos práticos e implementação de ferramentas que tenho desenvolvido ao longo da minha vida, tentar lhes mostrar o caminho do sucesso pessoal, fazendo uma relação ganha-ganha, onde todos poderão colher bons frutos futuros.